Recomeçou ano lectivo 2010-2011. Este é um período propício para educar e formar as gerações novas nos valores da cultura, da cidadania, da paz, da justiça e da fraternidade. Espera-se que cada Escola tenha um projecto educativo que vise a dignidade da pessoa humana e nos seus valores fundamentais (universais e inalienáveis); um projecto que considere a pessoa humana como princípio, sujeito e fim da Sociedade.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem no seu artigo 26, declara que ”Toda a pessoa tem direito à educação. E a educação deve ser gratuita, pelo menos no que respeita ao ensino elementar e fundamental".
Quando falamos da educação para a Paz, queremos, justamente, realçar um projecto educativo que tenha em conta dimensões importantes como os Direitos Humanos, a Paz, o Diálogo e a Cooperação internacional.
O fim primário da educação para a Paz, não é tanto atingir objectivos literários ou científicos, mas é a formação da pessoa nos valores éticos e morais. Para isso, deseja-se que as Escolas tenham um projecto educativo subjacente a um ideal da sociedade: isto é, uma sociedade personalista, democrática, participativa, solidária e descentralizada.
Este projecto deveria incluir princípios como: a compreensão. e respeito de todos os povos, das suas culturas, dos seus valores e dos modos de vida incluindo a cultura da etnias e de minorias; a consciência da interdependência mundial crescente entre os povos; a capacidade de comunicar com todos os povos, com todas as religiões e culturas; a consciência dos direitos, mas também dos deveres; a compreensão da necessidade da solidariedade e de cooperação internacionais; a vontade nos indivíduos, de contribuir para resolver os problemas das suas comunidades, dos países e do mundo.
A educação para a Paz deve proporcionar aos jovens uma outra visão da guerra, com o fim de evitar que o fenómeno bélico seja considerado como algo normal e inevitável. A guerra é sempre um mal, que leva à destruição, ao ódio, à morte. A Paz é um bem essencial para o desenvolvimento dos indivíduos e dos povos.
Mas para haver essa consciência, a educação para a Paz deve começar pelo próprio aluno, pelos Professores, pelos Pais e pelos agentes da Educação. A educação para a Paz, antes de ser uma transmissão de conhecimentos ou de técnica, é uma vivência e prática constante de virtudes: respeito, generosidade, humildade, paciência, colaboração, diálogo, etc.
Oxalá, nas Escolas reine sempre um ambiente de Paz! E que alunos, professores, pais e encarregados da educação sejam pessoas de “Paz e de Bem”!
Porto, 23 de Setembro de 2010
Dom Carlos Filipe Ximenes Belo
Prémio Nobel da Paz 1996
A Declaração Universal dos Direitos do Homem no seu artigo 26, declara que ”Toda a pessoa tem direito à educação. E a educação deve ser gratuita, pelo menos no que respeita ao ensino elementar e fundamental".
Quando falamos da educação para a Paz, queremos, justamente, realçar um projecto educativo que tenha em conta dimensões importantes como os Direitos Humanos, a Paz, o Diálogo e a Cooperação internacional.
O fim primário da educação para a Paz, não é tanto atingir objectivos literários ou científicos, mas é a formação da pessoa nos valores éticos e morais. Para isso, deseja-se que as Escolas tenham um projecto educativo subjacente a um ideal da sociedade: isto é, uma sociedade personalista, democrática, participativa, solidária e descentralizada.
Este projecto deveria incluir princípios como: a compreensão. e respeito de todos os povos, das suas culturas, dos seus valores e dos modos de vida incluindo a cultura da etnias e de minorias; a consciência da interdependência mundial crescente entre os povos; a capacidade de comunicar com todos os povos, com todas as religiões e culturas; a consciência dos direitos, mas também dos deveres; a compreensão da necessidade da solidariedade e de cooperação internacionais; a vontade nos indivíduos, de contribuir para resolver os problemas das suas comunidades, dos países e do mundo.
A educação para a Paz deve proporcionar aos jovens uma outra visão da guerra, com o fim de evitar que o fenómeno bélico seja considerado como algo normal e inevitável. A guerra é sempre um mal, que leva à destruição, ao ódio, à morte. A Paz é um bem essencial para o desenvolvimento dos indivíduos e dos povos.
Mas para haver essa consciência, a educação para a Paz deve começar pelo próprio aluno, pelos Professores, pelos Pais e pelos agentes da Educação. A educação para a Paz, antes de ser uma transmissão de conhecimentos ou de técnica, é uma vivência e prática constante de virtudes: respeito, generosidade, humildade, paciência, colaboração, diálogo, etc.
Oxalá, nas Escolas reine sempre um ambiente de Paz! E que alunos, professores, pais e encarregados da educação sejam pessoas de “Paz e de Bem”!
Porto, 23 de Setembro de 2010
Dom Carlos Filipe Ximenes Belo
Prémio Nobel da Paz 1996
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