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Um escritor, um poeta, um aventureiro,

Wednesday, 20 May 2009

Pátria


É uma vez na vida.
Se não a agarrarmos bem,
Nunca mais.

Se trairmos,
Choramos e arrependemo-nos.

Se proclamarmos a Independência
Orgulhamo-nos.

A Pátria é o futuro,
Nosso e dos nossos filhos.
A Pátria é o beijo,
De criança ao velho.
A Pátria é a promessa,
Do velho à criança.
A Pátria é a música,
Ritmo na vida
Pensamento e trabalho.
A Pátria é o olhar,
Crianças a brincar, a rir, a gritar, a chorar em Liberdade.
A Pátria é a comida,
Das crianças que nascem e crescem.
A Pátria é o abraço,
Da mulher ao marido.
A Pátria é a nudez,
Dos jovens, que sofrem e morrem nas celas.
A Pátria é o grito em cima dos gritos,
Dos órfãos e das viúvas da guerra.
A Pátria é o livro sagrado,
Dos poetas que escrevem os poemas:

«P Á T R I A»
T i m o r L o r o s a’ e

Celso Oliveira,
20 de Maio de 2009

Sunday, 17 May 2009

A mensagem de Dom Ximenes Belo na Comemoração do 7º aniversário da independência de Timor.

Trabalhar pela Independência de Timor-Leste, sendo bom cidadão em qualquer parte do mundo…Estudar, trabalhar, ser patriota respeitando os concidadãos e os estrangeiros, formando com todos a grande família humana, Dom Carlos Filipe Ximenes Belo.



Celebramos este ano da graça do Senhor, 2009, o 7º aniversário da independência de Timor. Considero a independência como um graça de Deus para o Povo Timorenses, e como um esforço e resultado da luta heróica de todos os timorenses. Como Estado, Timor, juridicamente começou a existir a partir de 20 de Maio de 2002. Como Nação, Timor oriental já era uma realidade antes dessa data. E Timor é a nossa Pátria, a Pátria timorense.

Esclareçamos um pouco estes três conceitos.
Nação: Segundo a definição dada pelo historiador português João Ameal, a nação é uma “ comunidade histórica de cultura. Funda-se numa história comum, e afinidade de espírito e instituições (mentalidade, educação, estilo de vida e de relações sociais, valores éticos, maneira de estar no mundo, inserção na natureza) e num sentimento de destino comum” (in Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Verbo, vol. 13, col. 1641). A nação é a realidade onde se nasce e é uma realidade sócio-histórica. Cada nação distingue-se pelas condições de que surge. Diferenciação linguística, étnica, religiosa, geográfica, política. “A nação corresponde a um conceito cultural onde ressaltam elementos culturais” (ibidem, vol. 14, col. 1464). Há nações que não são estados (ex. Os Curdos, talvez, os batak na Sumatra, Papua Barat, etc).

Pátria, é terra dos pais, é uma realidade natural. “A pátria assenta em elementos de afectividade” (ibidem, vol. 14, col. 1464. “Enquanto a nação realça o aspecto pessoa, a pátria tende a identificar-se com um território-pátria ou terra dos pais” (ibidem, idem). O amor, a veneração, a dedicação à Pátria, todos estes sentimentos chamam-se patriotismo. “Este sentimento natural de dedicação leva os concidadãos, de todas as classes sociais, a promover a grandeza, a glória e o bem-estar da mãe-pátria. Baseia-se o patriotismo na existência de um património comum – constituído pelo solo, paisagem, lar, história e culturas próprias – que se estima e se de defende. O patriotismo é o prolongamento do amor à pátria , já que a Pátria é o lar comum de muitas famílias vinculadas por estreitos laços étnicos, históricos e culturais” (M. Alves de Oliveira, art. Patriotismo, in Idem, vol. 14, col. 1415).
O patriotismo impõe aos cidadãos a obrigação de preferência e de estima, de respeito com a história, de gratidão pelos bens que nos presta, de serviço patenteado na obediência ás leis e na cooperação para o progresso em todos os sectores da vida nacional, e de vigilância para a defender tanto dos inimigos internos como dos externos.
Segundo o Papa Leão XIII, na encíclica Sapientia Christiana (10.1.1890), “a lei natural manda-nos amar com amor de predilecção e de sacrifício o país onde nascemos e fomos educados, até ao ponto de o bom cidadão não recear a vida em defesa da sua pátria”.
O Concílio Vaticano II espera que “os cidadãos cultivem com magnanimidade e lealdade o amor da Pátria, mas sem estreiteza de espírito, de maneira que ao mesmo tempo, tenham sempre presente o bem de toda a família humana” (Gaudium et Spes, nº 75). O patriotismo não deve levar a extremismos, como nacionalismo, que é a exaltação da própria nação. (Nazismo etc…)

Estado : “A ideia de estado a de um conjunto humano, um território e um poder político estritamente funcionalizado, isto é, juridicamente orientado para objectivos que transcendem os fins pessoaos daqueles que o exercem” ( M. Galvão Teles, art. Estado, in Enciclopédia Luso Brasileira – Verbo, vol. 7, col 1357).
Antes de 2002, o que havia em Timor Oriental era a realidade Nação, e não Estado. O Estado como entidade jurídica só existe a partir do 20 de Maio de 2002, com o reconhecimento da Comunidade internacional, com a existência de instituições de estado (Presidência, Governo, Parlamento e Tribunais).
A partir de 20 de Maio de 2002, com o reconhecimento da comunidade internacional, o princípio da nacionalidade veio afirmar o direito da nação timorense a dar corpo a um Estado, e então domina o conceito de Estado como nação politicamente organizado. Nesse contexto, já se podia falar de uma “soberania nacional, para dizer que o poder político pertence ao conjunto de cidadãos enquanto unidade de ordem” (ibidem, vol. 13, col, 1642).
Todo o cidadão tem o dever de contribuir para o desenvolvimento e progresso da sua Pátria, Timor-Leste. Essa contribuição será mais eficaz se passar por uma boa educação política. Todos os timorenses precisam de uma educação política. Como disse um pedagogo: “A política foi sempre importante, porque importantes foram os problemas do homem e a sociedade” ( Américo Veiga, Educação Hoje, sétima edição, p.319). Por isso, ninguém pode ficar indiferente perante o problema político, Com razão Aristóteles definiu o homem como “animal político”. “Alhear-se desse problema é alienar-se como homem e demitir-se de uma das suas dimensões fundamentais”, afirma o pedadogo Américo Veiga” (ibidem, idem, p. 319).

Política. A palavra “política” é a forma adjectivada do vocábulo grego “Polis”, que significa “cidade”, ou mais propriamente, “sociedade”, já que para os Gregos só eram “Polis” as cidades-estados (ex.: Atenas, Esparta, etc). Política, portanto, é tudo o referente à organização da sociedade em função do homem e de todos os homens. “ Mais concretamente: Política é o conjunto de princípios, leis, instituições e acções referentes à organização, vida e administração da sociedade ( a nível local, regional, nacional e internacional), ao bem comum, ao exercício do poder, aos direitos e deveres dos cidadãos, às relações entre si e com a autoridade ( e vice-versa), de modo que tudo concorra da melhor maneira para o bem comum” (Américo Veiga, op.c it. P. 320). Mais concretamente, quando falamos da política, queremos significar o governo dos cidadãos feita pelos seus representantes. Entenda-se, um governo democrático.

A democracia vem de dois vocábulos gregos: “demos”, que significa “povo”; e “cratos”que quer dizer “poder”. Democracia, significa, portanto literalmente “poder do povo, “é o governo do povo, para o povo e pelo (com) o povo” (atribui-se a Lincoln esta clássica definição da democracia). Quer dizer que o poder reside no povo e é do povo. Sendo do povo, é o povo que tem o direito de escolher a maneira como esse poder deve ser exercido, as pessoas que vão exercer e o modo como tomar parte nas decisões mais importantes.
“É princípio aceite que a democracia é um regime que respeita a pessoa, os seus direitos fundamentais e a sua liberdade; e que, para isso, está organizada de forma participada e pluralista, segundo determinadas regras. Essas regras são nomeadamente:
- Distinção dos poderes (legislativo, executivo e judicial;
- império do direito (força do direito);
- independência dos tribunais;
Electividade periódica e livre, por todos os cidadãos, dos órgãos de soberania ou, pelo menos, dos mais importantes. (Carta pastoral do Conferência espiscopal portuguesa, 1979, 13). E ainda a subordinação do poder militar e económico ao civil ou político.
Num país democrático, há pluralismo de opções políticas. Não pode haver democracia verdadeira sem possibilidade efectiva de pluralismo político e sem respeito pelas diferentes maneiras de encarar e organizar a sociedade. Daqui a existência de vários partidos.

Partidos políticos: Para a realização da administração da “Coisa pública” (res publica), os cidadãos organizam-se em associações, cuja função é intervir no exercício do poder político. Através da realização de um programa, normalmente inspirado numa ideologia, contando por isso, com o apoio popular. “Um partido político supõe, no mínimo, estes elementos: uma base ideológica; um programa de acção e de fins gerais; filiados; vocação para o exercício do poder e para a intervenção na vida pública, certo apoio popular; e uma estrutura organizativa adequada” (cf Veiga, p. 326).
Conforme a existência e a natureza dos partidos, temos os seguintes regimes políticos: regime de partido único (Vietname, Coreia do Norte, China); regime bipartidário (USA( Partido Republicano e Partido democrático); Inglaterra( Partido Conservador e Partido Trabalhista), Austrália, etc. Apesar da existência doutros partidos mais pequenos, a vida política da nação anda à volta de dois grandes partidos, alternando-se frequentemente no poder; regime pluripartidário (Índia, Portugal, Timor Leste, etc.).

Ideologia : Falamos acima que os partidos devem ter como base uma ideologia. Este vocábulo foi forjado durante a Revolução Francesa por um grupo de filósofos (principalmente Desrutt de Tracy), designando segundo eles a “ciência das ideias”. Daí passou a significar um programa de reforma política que essa “ciência” apoiava e justificava. Foi, sobretudo, a partir de Marx, que surgiram vários movimentos ideológicos: socialismo reformista, marxismo-leninismo, estalinismo, maoísmo, titismo (Tito, da Jugoslávia), castrismo (Fidel Castro),. A par disso, predominavam e predominam outras ideologias: o liberalismo, o neo-liberalismo, o nacional-socialismo, o fascismo e o nacionalismo. A “significação destes movimentos ideológicos parece tratar-se entre a visão teorética do mundo, da sociedade e do homem, e a vontade operatória de a traduzir num programa de acção tanto como símbolos e instituições” Manuel Antunes, art. Ideologia, in Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Verbo, vol. 10, col. 816-817).
Voltando aos partidos políticos (No Ocidente) e olhando para sua história, podemos agrupá-los nas seguintes correntes ou famílias político-partidárias:
Fascistas ou fascizantes – extrema-direita
Conservadores e liberais – direita
Democratas-cristãos - centro
Sociais-democratas - centro-esquerda
Socialistas - esquerda
Comunistas e outros afins – extrema-esquerda
NB/ esta classificação pode ser arbitrária…
Em relação è república de Timor-Leste, qual a ideologia predominantes dos partidos políticos ali existentes’?
Atenção: o melhor partido ou o melhor sistema sócio político é aquele que souber conciliar as dimensões fundamentais da pessoa humana (dimensão individual: “um ser-em-si); dimensão social (um ser para-os-outros), dimensão transcendental (Um ser- para-o-Outro).
Quando numa nação, se dá mais importância ao Individual, temos o liberalismo ou capitalismo liberal; quando se dá demasiada importância ao social, temos o colectivismo marxista ou capitalismo de Estado. E quando predomina o Transcendente, cai-se no confessionalismo estatal e materialismo ateu ou prático.
A individualidade acentua mais a liberdade, a iniciativa e a criatividade de cada ser humano.
A sociabilidade acentua mais a igualdade, a solidariedade, e a justiça social. O importante é saber conciliar estas duas dimensões
A nível sócio-económico ou economia social de mercado. Economia de mercado: defende a liberdade, a iniciativa e o estímulo como a melhor maneira de incentivar a produção de bens necessários a todos, e social, chamando a atenção para a vertente social da pessoa e dos bens, a solidariedade e a justa distribuição desses bens, pois todos temos uma igual dignidade fundamental e direitos aos bens necessários.
A acentuação unilateral da individualidade e da liberdade pessoal (capitalismo) gerou a exploração de muitos por alguns, a discriminação e as grandes diferenças sociais;
Por outro lado, a acentuação unilateral da igualdade e da sociabilidade (socialismos e comunismos) gerou a opressão, a morte de iniciativas e de liberdade, a miséria, etc.

Em nível político. O não respeito pela individualidade e liberdade dá lugar às ditaduras; o seu respeito, conciliado com a sociabilidade dá origem às democracias.

Participação dos cidadãos na construção do País:
O objectivo fundamental que exige a participação dos cidadãos é a construção do BEM COMUM. Bem comum é o “conjunto de condições de vida social que permitam, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição” (GS, 26) em todos os aspectos e dimensões de vida. Concretamente :
- o reconhecimento, tutela e promoção da dignidade humana, dos seus direitos e deveres.
- o acesso, por parte de todos, ao desenvolvimento económico, social e cultural verdadeiramente humano.
- ao usufruto generalizado dos chamados serviços essenciais, como por exemplo: transportes, comunicações, habitação, água, assistência sanitária, trabalho em condições dignas, lazeres, etc.
- salvaguarda da independência, da cultura e da personalidade de todo o povo;
- o esforço de coordenação e convergência das energias dos cidadãos para o bem de todos.
Trabalhar para o bem comum é direito e dever de todos, mas em primeiro lugar dos que são chamados a gerir a “res pública”. Os governantes não existem para dominar ou para privilegiar os clientes, mas para servir o bem comum de todos, segundo o âmbito da sua autoridade, dentro do espírito de justiça e equidade.

Para os Estudantes Universitários:
Podemos apontar vários campos de intervenção: 1) o serviço à pessoa humana; 2) o serviço à cultura; 3) o serviço à economia; 4) o serviço à política.
Pessoa humana: a dignidade incomensurável de toda e qualquer ser humano deriva do facto de ser PESSOA. Pessoa, isto é, um ser dotado de inteligência, vontade, capacidade de auto-determinação, consciência e liberdade. Não sacrificar a pessoa ou povos às ideologias e sistemas políticos.
Direitos humanos: Dessa dignidade da pessoa e das suas dimensões essenciais deriva um conjunto de direitos. Alguns deles, dizem-se fundamentais, porque deles derivam sucessivamente outros. Os direitos fundamentais são universais, invioláveis e inalienáveis: procedem da natureza humana não concessão de qualquer Estado; por isso, são de todos e de cada um dos homens. E ninguém lhos pode tirar.
Cultura”A cultura é aquilo pelo qual o homem enquanto homem se torna mais homem”. A Declaração Universal do Direitos Humanos enumera o direito à educação e à participação da vida cultural como um dos direitos fundamentais da pessoa humana. Acontece que mesmo depois da independência, muitos timorenses não sabem ler, escrever e contar. Cultura, educação, escola traz consigo outros temas inerentes como a orientação profissional, a educação permanente, o insucesso escolar. Só através da cultura tem o timorense pleno acesso aos bens da civilização. Conhecer, promover e guardar o património cultural do povo timorense., mas estará também aberto aos bens culturais da humanidade.
Economia: elevar o nível social e económico dos timorenses, através da criação dos postos de trabalho, no melhoramento das estruturas de agricultura, indústria e comércio.
Política, já se falou acima…Mas convém vincar a educação para a política, para a cidadania, para os direitos humanos.
Problemas da Paz, Justiça, Reconciliação e Perdão…Todo o Estudante e Universitário podem e devem ser “Embaixadores” de Paz, em Timor e no mundo.

Conclusão:
Trabalhar pela Independência de Timor-Leste, sendo bom cidadão em qualquer parte do mundo…Estudar, trabalhar, ser patriota respeitando os concidadãos e os estrangeiros, formando com todos a grande família humana.

Porto, 16 de Maio de 2009.


Dom Carlos Filipe Ximenes Belo

New book....livru foun....good news

Primeiru livru apresenta fotografia nebe hau hasai iha 2002 kuandu hau halo primeira visita ba Timor Leste hafoin tiha tinan 7 moris iha Portugal, 1996-2002.

Open here/Abre aqui/loke iha ne'e:
http://www.blurb.com/bookstore/detail/687283#author-bookshelf

Friday, 8 May 2009

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Wednesday, 6 May 2009

Escritores portugueses lamentan escaso interés de España por literatura lusa


Escritores portugueses lamentan escaso interés de España por literatura lusa
5/5/2009 | Agencia EFE Imprimir noticia Enviar esta noticia a un amigo PDA WAP: Orange World

La falta de traductores y la ausencia de interés, que no los prejuicios, son algunas de las razones que justifican la escasa atención que España ha tenido siempre, por regla general, hacia la literatura portuguesa, según ha coincido en lamentar un grupo de escritores lusos reunidos hoy en Valladolid.

La falta de traductores y la ausencia de interés, que no los prejuicios, son algunas de las razones que justifican la escasa atención que España ha tenido siempre, por regla general, hacia la literatura portuguesa, según ha coincido en lamentar un grupo de escritores lusos reunidos hoy en Valladolid.

Ha sido con motivo de la 42 Feria del Libro de esa capital, que tiene a Portugal como país invitado y que esta tarde ha reunido en torno a una mesa redonda a los narradores Almeida Faria, y a las poetisas Filipa Leal y Ana Paula Ribeiro Tavares, ésta de origen angoleño.

El narrador, ensayista y dramaturgo Almeida Faria (Montemor-o-Novo, 1943) ha considerado, en una rueda de prensa previa, que la carencia de 'buenos traductores' puede influir de forma decisiva en el conocimiento de las letras portuguesa y española.

'Sin un gran traductor, como en el caso de Portugal ha sido José Bento, es mucho más difícil', ha insistido el autor de novelas como 'Rumor branco' (1962) y 'Lusitania' (1980), además de textos teatrales como 'Vozes da paixao' (1998).

El caso de España con Portugal es muy parecido a lo que ocurre en el de Alemania con su vecina Austria o en el de Francia con la literatura belga, ha añadido por su parte Joao de Melo, agregado cultural de la Embajada de Portugal en España.

Para Mercedes Monmany, crítica literaria y especializada en literatura contemporánea, quien también ha intervenido, esta situación se debe a que los españoles 'somos poco aficionados a hablar otras lenguas, tenemos muy poca curiosidad'.

Contribuye también a ello, ha añadido, el hecho de que el mercado hispanohablante, de aproximadamente quinientos millones de personas, acapare todo el protagonismo y las apetencias bibliográficas de los lectores españoles.

'No es ningún prejuicio', ha insistido Monmany, asesora de publicaciones y de festivales literarios, al igual que ha apreciado De Melo, aunque éste ha considerado que 'debería existir una justicia y un equilibrio' para que España mirase a las letras lusas con la misma atención que en el sentido contrario.

El agregado cultural y también escritor ha recordado que 'aún queda mucho por hacer' para acortar la distancia que separa a ambos países.

No es esta la situación de la poetisa Filipa Leal (Oporto, 1979), autora de los poemarios 'Lua-polaroid' (2003) y de 'A cidade líquida e outras texturas' (2006), quien a través de Galicia se ha dado a conocer en España.

En su caso, según ha referido, intenta conocer las letras de los países por donde viaja.

Por último, para Ana Paula Ribeiro Tavares (Huíla -Angola-, 1952), la relación de las literaturas de las antiguas colonias africanas de Portugal 'ha sido muy extraña, de amor-odio', a pesar de que 'es una puerta que se puede abrir al mundo porque tenemos voces, pero para ello tenemos que editar en Portugal'.

Angola, ha dicho la firmante de 'Ex-votos' (2003) y de 'A cabeca de Salomé' (2004), 'es una pequeña isla rodeada de países de lengua francesa e inglesa. Nos resulta muy difícil romper las fronteras coloniales', ha concluido.

Tuesday, 5 May 2009

Timor Leste: Se maka hakarak sai hakerek nain (escritor) Timor Leste nian?

Foin lalais ne’e, hau nia kolega ida hakerek mai hau halo komentariu konaba hau nia blog. Hau hateten ba nia katak Timor Leste oferese mai ita buat barak atu hakerek. De faktu, desde tempu Portuguez, tempu Indonesia to’o ohin loron, ita bele sura ho liman fuan hakerek nain (escritor) Timor oan. Maibe, ida ne’e la signifika katak iha Timor Leste laiha hakerek nain (escritor).

Ohin loron, ho avansu hosi teknolojia, ita konsege hetan iha Internet, buat saida deit maka Timor oan sira hakerek. Se karik ita halo komparasaun tempu uluk ho tempu atual, bele dehan katak iha diferensa bo’ot. Tempu uluk, ema barak maka hakerek iha sira nia agenda (ou diário ou catatan harian), maibe nunka fo sai iha publiku –alias-husik hela deit to’o buat sira nebe maka sira hakerek sai a’at ou lakon tamba funu nia halo. Maibe, tempu ohin loron (tempu atual) Timor oan barak aproveita avansu teknolojia, promove rasik sira nia hanoin, dadolin, historia badak, historia naruk no seluk-seluk tan. Grasa hosi teknolojia, Timor oan barak (grupo ou individual) maka kria rasik sira ninia blog. Ohin loron, hau iha Inglaterra hau bele lê saida maka hau nia maluk sira iha Timor, Portugal, Austrália, Indonésia hakerek. Ou vice-versa “atau sebaliknya”.

Hau sempre iha mehi ida ou sonho ida katak oinsa maka ita Timor oan hakerek no promove rasik ita nia historia, liu hosi kampu literariu. Alias, ita Timor uza literatura hodi promove ita Timor nia historia. Em vez de ema hosi rai seluk (ema estrangeiro) maka hakerek konaba ita Timor nia historia, diak liu ita rasik maka hakerek no promove Timor nia historia. Hau kumpriende katak iha buat barak maka sai hanesan obstakulu ou “hambatan” mai ita Timor oan atu hakerek. Dalabarak ita dehan nune: malae sira iha buat hotu. Iha osan, iha komputador, iha servisu no seluk tan. Malae sira halo visita dala ida deit iha Timor, filafali ba sira nia rain komesa hakerek ona livro rua ou tolu ou hat konaba Timor. Maibe, ida ne’e la signifika katak ita Timor oan mos labele halo nune. Hau hanoin se hahu agora ita Timor oan promove ideia ba malun hodi halo riku ita Timor nia mundu literariu, entaun, loron ida ita mos sei bele.

Bele dehan katak Timor Leste oferese segredo barak mai ita atu hakerek. Agora, falta deit inisiativa hosi Governu Timor, liu hosi Ministeriu Edukasaun no Kultura hodi promove inisiativa iha área literatura.

Inisiativa iha área literatura bele liu hosi: feiro de livro (pameran buku), koncurso literariu, encontro ou dadalia entre hakerek nain sira, kriasaun premiu literariu, seluk-seluk tan, etc….Ou bele aproveita TVTL hodi halo programa ida konaba historia literária Timor Leste nian.

Celso Oliveira

Friday, 1 May 2009

New book....good news



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